quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Despertar o dia com Poesia! - Cavaleiro do cavalo de pau

 

Vai a galope o cavaleiro e sem cessar

Galopando no ar sem mudar de lugar.

 

E galopa e galopa e galopa, parado,

E galopa sem fim nas tábuas do sobrado.

 

Oh! que bravo corcel, que doidas galopadas,

- Crinas de estopa ao vento, e as narinas pintadas!

 

Em curvas pelo ar, em velozes carreiras,

O cavalo de pau é o terror das cadeiras!

 

E o cavaleiro nunca muda de lugar,

A galopar a galopar a galopar!

Afonso Lopes Vieira (1878-1946)


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