sábado, 14 de outubro de 2023

Autor do mês | Oscar Wilde

Oscar Wilde nasceu a 10 de outubro de 1854. Foi o segundo filho de um casal irlandês, residente em Dublin e talvez o mais importante dramaturgo da época vitoriana. 
Criador do movimento dândi, que defendia o belo e o culto da beleza como um antídoto para os horrores da época industrial, Wilde publicou a sua primeira obra, um livro de poemas, em 1881, a que se seguiram duas peças de teatro, no ano seguinte. Em 1884, casou com Constance Lloyd, uma herdeira inteligente e culta, interessada em literatura infantil e de quem teve dois filhos e a partir de 1887 iniciou uma fase de produção literária intensa, em que escreveu diversos contos, peças de teatro, como “O Leque de Lady Windemere” (o seu primeiro êxito teatral), “Um Marido Ideal” e A Importância de se Chamar Ernesto”, e um único romance, “O Retrato de Dorian Gray” (este romance celebra o esteticismo, critica os seus riscos e aborda pela primeira vez a homossexualidade na literatura inglesa), considerado por muitos como a sua obra mais bem conseguida. Mordaz e irónico, Oscar Wilde alcançou enorme sucesso com as suas comédias de salão. Porém, em 1865, foi atingido pela adversidade: acusado de homossexualidade, foi violentamente atacado pela imprensa, tendo caído em desgraça. O processo judicial em que se viu envolvido levou-o à prisão (onde escreve “De Profundis”), cumprindo dois anos de trabalhos forçados. Após ser libertado, abandonou definitivamente Inglaterra e fixou-se num modesto hotel de Paris adotando o nome de Sebastian Melmoth.
Longe ia o tempo dos longos cabelos caindo em madeixas sobre golas de veludo, os casacos de peles espessas, os chapéus de largas abas e as capas renascentistas. A decadência física é rápida.
Wilde morreu em novembro de 1900, após dois meses de doença. Diz-se que, tal como Tchékhov, de quem quase tudo o separava, pediu champanhe pouco antes de expirar, comentando: «Estou a morrer acima das minhas possibilidades.»
Obras
Professora Maria de Fátima Caetano Pereira

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