Uma noite, o Rei dos Macacos reparou numa gloriosa lua dourada que repousava no fundo de uma lagoa. Não se apercebendo de que se tratava apenas de um reflexo, o Rei chamou os seus súbditos para que lhe fossem buscar aquele tesouro não reclamado.
— O nosso macaco mais forte agarra-se a esta árvore — ordenou o Rei. — E o nosso segundo macaco mais forte agarra-se à mão dele, tenta alcançar a água e pega na lua dourada.
Assim fizeram. Mas o segundo macaco não conseguia alcançar a lua.
— Quem é o nosso terceiro macaco mais forte? Agarra-te à mão do teu irmão e vai buscar a lua.
Mas a lua continuava fora do alcance deles.
— Tragam o quarto macaco mais forte. Que desça até junto da lagoa e tente a sua sorte.
— Estamos quase a conseguir! — gritaram os macacos.
— Deixem-me ser o primeiro a agarrá-la! — gritou o Rei, que se lançou cadeia abaixo.
Mas o peso de toda esta loucura tinha-se tornado demasiado para as forças do macaco mais forte, que continuava agarrado ao topo da árvore. Quando o Rei ia a tocar a água para pegar na lua, o macaco mais forte largou o tronco. Um a um, caíram todos na lagoa e afogaram-se, juntamente com o Rei.
Aquele que segue um líder insensato é ele próprio um tolo.
Margaret Read MacDonald
Os macacos formavam agora uma cadeia, cada um pendurado no braço do outro. O quarto macaco usou os braços deles como escada e ficou pendurado na mão do terceiro macaco… mas a lua continuava fora do seu alcance. E assim continuaram… cinco… seis… sete… oito… macaco após macaco, até que o último conseguia tocar já na superfície da água.
Peace Tales
Arkansas, August House Publishers, Inc., 2005
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