Manuel Alegre de Melo Duarte nasceu em Águeda a 12 de maio de 1936.
Desde cedo levou uma vida dedicada à política e à cultura — não podemos, aliás, considerá-lo um homem apenas de uma destas áreas, uma vez que sempre viveu na fusão de ambas.
Manuel Alegre fez o ensino primário em Águeda, mas completou o resto da sua escolaridade em várias escolas e colégios entre Lisboa, Porto e São João da Madeira. O romance “Alma”, que publicou em 1995, faz referência a vários momentos e lugares destes seus primeiros anos de vida.
Em 1956 entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e, no ano seguinte, tornou-se militante do Partido Comunista. Já nessa altura se dedicava muito à cultura: fundou o jornal Prelúdio ainda no liceu, esteve presente na criação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, representou em várias peças do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra e publicou poemas em diversas revistas e coletâneas.
É em 1961, já na casa dos vinte anos, que Manuel Alegre vai para Mafra para cumprir o serviço militar, depois de revelar publicamente a sua posição em relação ao regime ditatorial e à guerra colonial. Mais tarde é colocado em São Miguel, nos Açores, onde tenta, em conjunto com Melo Antunes, tomar a ilha num golpe de Estado. No ano seguinte é mobilizado para Angola, onde tenta mais uma vez dirigir uma revolta militar — como consequência, é preso pela PIDE em Luanda, no ano de 1963.
Começa a vida de exilado em 1964, primeiro em Paris e depois em Argel, onde esteve durante 10 anos. Mas nem a distância o demoveu de manter a luta contra a ditadura: foi dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional e emitia mensagens de resistência e liberdade na rádio A Voz da Liberdade.
Os seus dois primeiros livros de poesia - Praça da Canção e O Canto e as Armas - foram apreendidos pela censura, mas as cópias clandestinas prevaleceram e continuaram a ser partilhadas em segredo. Os seus poemas foram também cantados por vozes inconfundíveis, entre elas Zeca Afonso e Amália Rodrigues, fazendo com que as suas ideias e palavras se tornassem verdadeiras bandeiras da luta pela democracia e liberdade.
No meio de toda a sua vida política, Manuel Alegre nunca deixou de escrever e publicar. O autor tem uma extensa obra, da qual fazem parte mais de vinte livros de poesia, sete romances e dois livros infantis, entre outros.
No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, chega-nos o tão aguardado livro de memórias de Manuel Alegre. Embora as suas vivências tenham sido documentadas em todos os seus livros publicados até então, Memórias Minhas é um apanhado dos momentos que marcaram a sua vida.
Desde cedo levou uma vida dedicada à política e à cultura — não podemos, aliás, considerá-lo um homem apenas de uma destas áreas, uma vez que sempre viveu na fusão de ambas.
Manuel Alegre fez o ensino primário em Águeda, mas completou o resto da sua escolaridade em várias escolas e colégios entre Lisboa, Porto e São João da Madeira. O romance “Alma”, que publicou em 1995, faz referência a vários momentos e lugares destes seus primeiros anos de vida.
Em 1956 entrou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e, no ano seguinte, tornou-se militante do Partido Comunista. Já nessa altura se dedicava muito à cultura: fundou o jornal Prelúdio ainda no liceu, esteve presente na criação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra, representou em várias peças do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra e publicou poemas em diversas revistas e coletâneas.
É em 1961, já na casa dos vinte anos, que Manuel Alegre vai para Mafra para cumprir o serviço militar, depois de revelar publicamente a sua posição em relação ao regime ditatorial e à guerra colonial. Mais tarde é colocado em São Miguel, nos Açores, onde tenta, em conjunto com Melo Antunes, tomar a ilha num golpe de Estado. No ano seguinte é mobilizado para Angola, onde tenta mais uma vez dirigir uma revolta militar — como consequência, é preso pela PIDE em Luanda, no ano de 1963.
Começa a vida de exilado em 1964, primeiro em Paris e depois em Argel, onde esteve durante 10 anos. Mas nem a distância o demoveu de manter a luta contra a ditadura: foi dirigente da Frente Patriótica de Libertação Nacional e emitia mensagens de resistência e liberdade na rádio A Voz da Liberdade.
Os seus dois primeiros livros de poesia - Praça da Canção e O Canto e as Armas - foram apreendidos pela censura, mas as cópias clandestinas prevaleceram e continuaram a ser partilhadas em segredo. Os seus poemas foram também cantados por vozes inconfundíveis, entre elas Zeca Afonso e Amália Rodrigues, fazendo com que as suas ideias e palavras se tornassem verdadeiras bandeiras da luta pela democracia e liberdade.
No meio de toda a sua vida política, Manuel Alegre nunca deixou de escrever e publicar. O autor tem uma extensa obra, da qual fazem parte mais de vinte livros de poesia, sete romances e dois livros infantis, entre outros.
No ano em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, chega-nos o tão aguardado livro de memórias de Manuel Alegre. Embora as suas vivências tenham sido documentadas em todos os seus livros publicados até então, Memórias Minhas é um apanhado dos momentos que marcaram a sua vida.
Professora Maria de Fátima Caetano Pereira
Fontes
Fnac
Bertrand
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